Assim que começou a sessão, André Fernando de Mello, presidente da
Amolomba, entregou aos parlamentares um ofício com a pauta de
reivindicações da comunidade. Ele também indagou aos vereadores quais
ações estavam sendo tomadas para resolver as carências do bairro, nas
áreas de mobilidade, educação, esporte, saúde, cultura, entre outros.
Segundo ele, falta um projeto de desenvolvimento a longo prazo para
região.
Mariza Scherer, da Associação dos Moradores de Lomba Grande,
lamentou que o bairro não venha sendo tratado ao longo dos anos como
parte do Município. Ela relatou que as placas indicam a direção para
Novo Hamburgo, quando deveria estar escrito Centro. “O povo sente que as
coisas do nosso bairro ficam para depois”, declarou. Além de mencionar
as dificuldades de acesso e transporte, Mariza, que integra a Comissão
Social de Saúde, lamentou que a comunidade tenha perdido o atendimento
básico de saúde. Ela elogiou o trabalho das Equipes da Saúde da Família,
mas, conforme a moradora, quando há necessidade de atendimento urgente é
preciso buscar a UPA de Canudos ou ir até o Centro. “São quatro
passagens de ônibus em um dia”, informou.
Outro morador, Carlos Roese, citou o problema da segurança pública.
Ele mencionou que a região é usada como rota de fuga de assaltantes.
Munido de um abaixo-assinado, informou que a Amolomba planeja se reunir
com o secretário estadual de segurança, Airton Michels, para pleitear
uma delegacia de polícia para o bairro. Roese convidou o presidente do
Legislativo em exercício para participar do encontro.
Citando matéria publicada no Jornal NH, Claus Kühn mostrou
indignação pelo fato de nenhuma delegacia existente na cidade atender o
bairro. O morador relatou que ele e sua família foram amordaçados e
ficaram na mira de assaltantes, assim como outras pessoas na região.
Para Kühn, as estatísticas não revelam a real situação de Lomba Grande,
porque muitos habitantes desistem de fazer ocorrências, pois precisam ir
até o Centro.
Comunidade de lomba copareu em grande número na sessão |
A moradora Ana Lúcia Pereira relatou que o esgoto corre a céu
aberto na rua Angelica Peteffi, entre a rua Planalto e a rua José
Affonso Hoher, na Vila Planalto. Segundo ela, na rua Cipriano Barata,
esquina com a rua Brasília, quando chove, o bueiro entope e a água
invade as casas. Ana Lúcia informou ainda haver problemas de ratos nas
caixas de esgoto na Rua José Affonso Hoher com a Rua Capitão Alencastro
Braga de Menezes. Contudo, ela disse ser mais preocupante o caso da rua
Reinaldo Konrath, na qual os moradores por falta de saneamento,
utilizam poços cavados. De acordo com ela, quando chove a água da rua,
contaminada pelo esgoto, corre e atinge os poços, colocando em risco a
saúde de cerca de 60 pessoas que vivem ali.
Para Maria Cristina Fröes, o crescimento de Lomba Grande não
ocorrerá com a transformação da região em polo industrial, mas quando
acontecer efetivamente a exploração do turismo, assim como na cidade de
Gramado.
O morador Ildo Mello agradeceu o atendimento que recebeu dos
vereadores, citando Serjão, Peteffi e Matias. Por sua vez, José Argenor
da Silva pediu investimentos na área do esporte no bairro. Já Aurélio
Strack sugeriu que a Casa Pastoral receba investimento para se
transformar em um ponto cultural e turístico.
Carlinhos com a palvra na sessão |
O vereador Luiz Carlos Schenlrte (PMDB) relatou ao público presente
que, assim como o morador Claus Kühn, teve sua casa invadida por
bandidos em 2011. “O trauma é difícil de apagar da memória”. Sobre a
questão envolvendo os poços, apontada pela moradora Ana Lúcia, o
vereador afirmou que acredita ser possível trazer água de Novo Hamburgo.
“Puxando da Integração para Lomba Grande, a Vila Brasília poderá ter
água tratada.”, disse. Ele contou que, como diretor-administrativo da
Comusa, teve a oportunidade de participar do projeto que levou água para
a região da Integração, próxima à Lomba Grande. A respeito do tema
segurança, comentou que o projeto de lei que proíbe a venda de armas de
brinquedo, de sua autoria, tem por objetivo inibir a criminalidade. O
vereador reiterou a importância da Guarda Municipal para coibir ações
criminosas em Lomba Grande. “As dificuldades são muito grandes, mas os
moradores devem se unir”, acrescentou.
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