terça-feira, 12 de junho de 2012

Sessão comunitária na Lomba

 Assim que começou a sessão, André Fernando de Mello, presidente da Amolomba, entregou aos parlamentares um ofício com a pauta de reivindicações da comunidade. Ele também indagou aos vereadores quais ações estavam sendo tomadas para resolver as carências do bairro, nas áreas de mobilidade, educação, esporte, saúde, cultura, entre outros. Segundo ele, falta um projeto de desenvolvimento a longo prazo para região.
 Mariza Scherer, da Associação dos Moradores de Lomba Grande, lamentou que o bairro não venha sendo tratado ao longo dos anos como parte do Município. Ela relatou que as placas indicam a direção para Novo Hamburgo, quando deveria estar escrito Centro. “O povo sente que as coisas do nosso bairro ficam para depois”, declarou. Além de mencionar as dificuldades de acesso e transporte, Mariza, que integra a Comissão Social de Saúde, lamentou que a comunidade tenha perdido o atendimento básico de saúde. Ela elogiou o trabalho das Equipes da Saúde da Família, mas, conforme a moradora, quando há necessidade de atendimento urgente é preciso buscar a UPA de Canudos ou ir até o Centro. “São quatro passagens de ônibus em um dia”, informou.
 
Outro morador, Carlos Roese, citou o problema da segurança pública. Ele mencionou que a região é usada como rota de fuga de assaltantes. Munido de um abaixo-assinado, informou que a Amolomba planeja se reunir com o secretário estadual de segurança, Airton Michels, para pleitear uma delegacia de polícia para o bairro. Roese convidou o presidente do Legislativo em exercício para participar do encontro. 
 Citando matéria publicada no Jornal NH, Claus Kühn mostrou indignação pelo fato de nenhuma delegacia existente na cidade atender o bairro. O morador relatou que ele e sua família foram amordaçados e ficaram na mira de assaltantes, assim como outras pessoas na região. Para Kühn, as estatísticas não revelam a real situação de Lomba Grande, porque muitos habitantes desistem de fazer ocorrências, pois precisam ir até o Centro.
Comunidade de lomba copareu em grande número na sessão
 
 A moradora Ana Lúcia Pereira relatou que o esgoto corre a céu aberto na rua Angelica Peteffi, entre a rua Planalto e a rua José Affonso Hoher, na Vila Planalto. Segundo ela, na rua Cipriano Barata, esquina com a rua Brasília, quando chove, o bueiro entope e a água invade as casas. Ana Lúcia informou ainda haver problemas de ratos nas caixas de esgoto na Rua José Affonso Hoher com a Rua Capitão Alencastro Braga de Menezes. Contudo, ela disse ser mais preocupante o caso da  rua Reinaldo Konrath, na qual os moradores por falta de saneamento, utilizam poços cavados. De acordo com ela, quando chove a água da rua, contaminada pelo esgoto, corre e atinge os poços, colocando em risco a saúde de cerca de 60 pessoas que vivem ali. 
 Para Maria Cristina Fröes, o crescimento de Lomba Grande não ocorrerá com a transformação da região em polo industrial, mas quando acontecer efetivamente a exploração do turismo, assim como na cidade de Gramado.
 O morador Ildo Mello agradeceu o atendimento que recebeu dos vereadores, citando Serjão, Peteffi e Matias. Por sua vez, José Argenor da Silva pediu investimentos na área do esporte no bairro. Já Aurélio Strack sugeriu que a Casa Pastoral receba investimento para se transformar em um ponto cultural e turístico.
Carlinhos com a palvra na sessão
O vereador Luiz Carlos Schenlrte (PMDB) relatou ao público presente que, assim como o morador  Claus Kühn, teve sua casa invadida por bandidos em 2011. “O trauma é difícil de apagar da memória”. Sobre a questão envolvendo os poços, apontada pela moradora Ana Lúcia, o vereador afirmou que acredita ser possível trazer água de Novo Hamburgo. “Puxando da Integração para Lomba Grande, a Vila Brasília poderá ter água tratada.”, disse. Ele contou que, como diretor-administrativo da Comusa, teve a oportunidade de participar do projeto que levou água para a região da Integração, próxima à Lomba Grande.  A respeito do tema segurança, comentou que o projeto de lei que proíbe a venda de armas de brinquedo, de sua autoria, tem por objetivo inibir a criminalidade. O vereador reiterou a importância da Guarda Municipal para coibir ações criminosas em Lomba Grande. “As dificuldades são muito grandes, mas os moradores devem se unir”, acrescentou.

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